O establishment liderado por Washington está tentando aparentemente aproveitar a situação que se agravou na Síria, e empurrar a Turquia ainda mais para os conflitos por Idlib, e talvez incentivar a Turquia a realizar ações agressivas na região.
Nesse 11 fevereiro, Secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo expressou suas condolências à Turquia para as tropas que morreram durante os confrontos em Idlib.
O Secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo também declarou apoio à Ancara, e disse que enviou o Representante Especial dos EUA para o Engajamento na Síria, e, o Enviado Especial da “Coalizão Global para Derrotar o ISIS”, James Jeffrey, para coordenar as etapas para responder aos movimentos do Exército Árabe Sírio.
My condolences to the families of the soldiers killed in yesterday’s attack in Idlib. The ongoing assaults by the Assad regime and Russia must stop. I’ve sent Jim Jeffrey to Ankara to coordinate steps to respond to this destabilizing attack. We stand by our NATO Ally #Turkey.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) February 11, 2020
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Em Ancara, o embaixador Jeffrey se reunirá com altas autoridades turcas para discutir questões de interesse mútuo, incluindo a ofensiva militar apoiada pela Rússia em Idlib, a situação atual no nordeste da Síria, a implementação da Resolução 2254 do CSNU sobre a resolução do conflito sírio, e os esforços contínuos da Coalizão para garantir uma derrota duradoura do ISIS na Síria e no Iraque. ”
Também ocorrerà a Conferência de Segurança de Munique, no dia 13 fevereiro, e Jeffrey vai assisti-la, e é a certeza de proporcionar um pouco mais de visão sobre o que pode acontecer em Idlib.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA publicou formalmente um pedido para suspender sanções econômicas contra os ministérios de defesa e energia da Turquia, que estão sofrendo embargos desde os ataques contra os curdos ano passado.
Mas é improvável que a Turquia receba qualquer apoio militar dos EUA por conta própria ou da OTAN. Porém, seriam fornecidas proclamações de apoio e vários “benefícios”, como a remoção de sanções, a fim de incentivá-la a realizar sua operação contra o Exército Árabe Sírio e o apoio russo que recebe.
As sanções foram impostas em relação à operação “Primavera da Paz” no nordeste da Síria, que a Turquia começou a executar contra as Forças Democráticas Sírias Curdas (SDF).
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também acusou o Exército Árabe Sírio e as tropas russas que o apóiam de atacar civis, e assim indiretamente expressou apoio às atividades da Turquia em apoio aos militantes.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, declarou:
“Estou muito preocupado com a situação em Idlib, porque vimos ataques horrendos contra civis. Vimos, novamente, que centenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir. E vimos bombardeios indiscriminados de, também, alvos civis. E condenamos isso, porque condenamos ataques indiscriminados contra, também, alvos civis”.
E, portanto, apelamos a Assad e à Rússia, porque a Rússia fornece apoio ao regime de Assad, para interromper esses ataques, respeitar o direito internacional e apoiar plenamente os esforços da ONU para tentar encontrar uma solução pacífica.
Isso é urgente, porque as pessoas estão sofrendo hoje, enquanto falamos. E centenas de milhares de pessoas são forçadas mais uma vez a fugir. E, portanto, o regime apoiado pela Rússia, o regime de Assad, tem que parar com esse assassinato, esse horrendo ataque de pessoas inocentes em Idlib. E eu espero, é claro, que este seja um problema que os ministros aliados levantem durante a reunião ministerial. ”
O ministro da Defesa da Turquia Hulusi Akar está participando de uma reunião dos ministros da Defesa da OTAN em Bruxelas, em 12 e 13 de fevereiro para discutir a situação na Síria e pedir apoio da OTAN.
A Turquia também planeja afastar o Exército Árabe da Síria de seus postos de observação em Idlib até o final de fevereiro. Mas a situação está em um impasse e, atualmente, qualquer esforço turco e militante não está conseguindo recuperar nenhum terreno.
E para piorar a situação, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu que a Turquia atacará as tropas do Exército Árabe Sírio em qualquer lugar se as tropas turcas forem atacadas novamente.
#BREAKING: If our soldiers are harmed in any way, whether they are at the observation points or somewhere else, as of today I am declaring we will not be limited to just Idlib or Sochi borders, we will target regime forces everywhere and anywhere – President Erdogan pic.twitter.com/He6jQILKDO
— TRT World (@trtworld) February 12, 2020
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“Se houver algum dano a nossos soldados nos postos de observação [em Idlib] ou em qualquer lugar [na Síria], declaro de lá que atingiremos as forças do regime em qualquer lugar, independentemente do acordo de Sochi”, disse ele.
Para fazer recuar as forças sírias, a Turquia “fará o necessário por terra e ar sem hesitar”, acrescentou Erdogan.
O que significa que a Turquia iniciaria ações ofensivas em qualquer lugar da Síria, e não apenas em Idlib contra o SAA.
#BREAKING – Turkey determined to push back Syrian regime forces by February end from its observation posts as agreed in Sochi agreement: President Erdogan
— ANADOLU AGENCY (ENG) (@anadoluagency) February 12, 2020
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Observou-se a importância da plena implementação dos acordos russo-turcos existentes, incluindo o Memorando de Sochi, de 17 de setembro de 2018. Para esses fins, foi acordado realizar contatos adicionais através dos departamentos relevantes.
Assim, parece que alguma pressão da Rússia em relação à Turquia está se tornando aparentemente eficiente, mas também as discussões estão em andamento.
Como a operação pode potencialmente se desenvolver para romper o atual trio Moscou-Ancara-Teerã na Síria e melhorar as relações entre a Turquia e a Rússia, em particular.
Apesar disso, apesar da retórica diplomática e do apoio oco fornecido pelos EUA e pela OTAN, as discussões entre Ancara e Moscou estão em andamento e o tempo dirá se essa tentativa de romper o relacionamento resultaria em algum tipo de sucesso.
- Com informações AFP, Reuters, AP e STF analisys & Intelligence via redação Orbis Defense Europe.
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Source: DefesaTV