
Ao longo dos anos, os gregos que moram na região da Vila de Moro, perto da fronteira com a Turquia, se acostumaram a ver pequenos grupos de pessoas entrando ilegalmente em seu país. Os residentes gregos frequentemente ofereciam alimentos para os migrantes, e, os encaminhavam para a ONGs ou a estação ferroviária mais próxima.
Porém no decorrer dos anos, esses “migrantes ou refugiados” foram os autores do aumento de crimes violêntos de todo o tipo, que variara de depedração contra comércios, igrejas e residências de moradores, tràfico de drogas e todo o tipo de incivilidade. A região que raramente via relatos de crimes graves, hoje convive com uma das mais altas incidências de roubos violêntos e até mesmo estupros de mulheres de todas as idades, crimes todos de autoria de homens adultos, oriundos do norte da Africa e Oriente Médio, que são a grande maioria dos migrantes presentes na região.
Hoje, a reação majoritária dos gregos é a hostilidade aberta. O governo grego suspendeu temporariamente o procedimento de asilo e se comprometeu a deportar sumariamente os migrantes que cruzam a fronteira. E os cidadãos comuns cansados do assédio violênto dos migrantes, estão assumindo ações de patrulhas e vigilância nas fronteiras junto com as Forças Armadas Gregas.
Em terra e no mar, uma coisa fica clara aos gregos; Isso não é mais 2015, quando então grande parte da Europa estava convulsionada de piedade, quando mais de um milhão de requerentes de asilo chegaram, os gregos ajudaram a resgatar refugiados no mar, ou, os receberam com empatia enquanto atravessavam o país a caminho do norte da Europa.

Um der EU Druck zu machen, hat die Türkei Tausende Migranten an die Grenze zu Griechenland gebracht. Dort sind nicht nur Soldaten angerückt, auch ca 4000 griechische Bürger gehen bewaffnet auf die Jagd nach Migranten. @Besser_Deniz war dort. 🇬🇷🇹🇷 @welt https://t.co/HqJEMHadIu
— daniel.sturm (@SturmDaniel) March 8, 2020
Os moradores das cidades fronteiriças, cansados dos problemas com os migrantes, hoje organizam patrulhas civis para localizar os considerados invasores. Moradores da ilha de Lesbos organizaram barreiras com embarcações, outros atacaram integrantes de ONGs e jornalistas, acusando-os de ajudar os migrantes a chegarem na ilha e manipular informações.
Muitos dos cidadão engajados nessas patrulhas admitem que usarão de toda a violência necessària para impedir a entrada de qualquer migrante, assim como as ações de seus colaboradores, mesmo que sejam de origem européia.
Europe, as you wake up this morning, remember it was the Greek people keeping you safe from tens of thousands of these men flooding into your countries.#IStandWithGreece, and if you do too, show your appreciation as my country struggles against an asymmetric Turkish invasion. pic.twitter.com/xfw1aZiFjL
— Paul Antonopoulos (@oulosP) March 3, 2020
Para a maioria, é uma questão de orgulho nacional e um dever de proteger as fronteiras da Grécia contra a Turquia, um antigo inimigo. Muitos dos que estão engajados nas patrulhas civis voluntárias são membros reservistas da Guarda Nacional Grega, que possuem armas cedidas pelo Estado e podem ser mobilizadas em uma emergência nacional.
O exército grego não mobilizou oficialmente a Guarda Nacional. Mas colocou as fronteiras em alerta máximo, com centenas de tropas adicionais patrulhando e repelindo migrantes e deixando o vasto delta do rio Evros, parte da fronteira norte, parecendo em estado de pé de guerra.
#Breaking #Greek National Guards#We are ready to defend our land”#IStandWithGreece #Greece #Turkey #Erdogan #Εβρος pic.twitter.com/EHeKrMzesr
— Andreas Mountzouroulias (@andreasmoun) March 1, 2020

Desde a decisão da Turquia de enviar migrantes e refugiados para a Europa em 28 de fevereiro desse ano, muitos policiais aposentados, agricultores, caçadores e pescadores fortemente armados, bloquearam todos os acessos das possìveis passagens da fronteira que não possuem vigilância militar permanente entre a Grécia e a Turquia.
Na região de Evros a população aparentemente se prepara para a guerra aberta; cidadãos de todas as idades, desde agricultores até aposentados, todos usam roupas pretas, camufladas e equipamentos tàticos similares aos das forças militares gregas, e, caminham por estradas e campos, efetuando patrulhas noturnas em busca de migrantes que tentam atravessar a fronteira.
#Greek soldiers blocked migrant’s invasion
If you try to invade the greek borders we will send you back#IStandWithGreece #Greece_under_attack#Greece_Turkey_Borders pic.twitter.com/rZn8dg57Pr
— Andreas Mountzouroulias (@andreasmoun) March 9, 2020
Diversos moradores participaram da chamada patrulha voluntária cidadã, e toda a região de Evros é considerada como mobilizada; todos acreditam que se encontram em uma zona de guerra e que devem defender seu território.
Os gregos da região fronteiriça se uniram, coletando provisões e oferecendo qualquer possível contribuição para os patulheiros voluntários civis e para as unidades de militares, que hoje vigiam a região de fronteira, ao que é visto como um esforço nacional para impedir uma invasão turca, disfarçada de migração de refugiados.
#IStandWithGreece Ils sont la les soldats Grecs 👊 , même un prêtre Orthodoxe. 🇬🇷✝️#JesuisGrec 🇫🇷 pic.twitter.com/Sua2Xlux9S
— ReiNe Margot ✞ (@c_toujours_moi) March 2, 2020

Em alguns casos, as autoridades pediram informalmente aos moradores familiarizados com o terreno local, que ajudassem a localizar os migrantes que conseguiram passar por buracos cortados em uma cerca na fronteira ou atravessar o rio Evros (Meric em turco ) que demarca a maior parte dos 212 quilômetros (132 milhas). ) da fronteira.
Outras aldeias também responderam ao pedido de atuação, com moradores atuando como rastreadores ou patrulheiros voluntários. Pequenos grupos de homens desarmados monitoram pontos de passagem conhecidos após o anoitecer usando rádios faixa do cidadão e telefones celulares.
Assim que um migrante ou grupos são avistados, a Polícia ou o Exército Grego são avisados, e os migrantes são detidos até a chegada das autoridades.


🙏🏻 #JeSuisGrec ils defendent leur pays..ils l’aiment!! Et la🇫🇷devrait être à leurs côtés!! https://t.co/kWDsZuFHH5
— Nathalie (@Leclercqnathal7) March 3, 2020

A ajuda para as unidades de fronteira também veio de empresas da Evros e de donos de lojas. A associação de donos de restaurantes locais, disse que seus colegas entregaram comida, água, máscaras e luvas a unidades estacionadas em quatro pontos da fronteira.
As autoridades gregas afirmam que; das 1.252 pessoas presas por entrada ilegal na semana passada na sexta-feira, 64% eram afegãs, 19% paquistanesas, 5% turcas e 4% sírias, enquanto as demais eram do Iraque, Irã, Marrocos, Etiópia, Bangladesh e Egito. A grande maioria são homens jovens em idade de serviço militar.
O governo grego e outras autoridades policiais não se manifestaram oficialmente sobre a situação, mas muitos prefeitos e outras autoridades civis estimam que pelo menos 5 mil cidadãos estão colaborando ativamente nas patrulhas de fronteira ou em outras atividades de apoio. Apesar dos protestos de ONGs de direitos humanos, nenhuma queixa formal foi realizada.
Do outro lado da situação ONGs de apoio aos migrantes e autoridades turcas locais afirmam que;atos de violências gratuita contra os migrantes são rotineiros, e que, pelo menos dois migrantes foram baleados e um morto em 2 de março pelas forças de segurança gregas, que também usaram gás lacrimogêneo enquanto tentavam empurrar os migrantes de volta à Turquia.
- Com informações da matéria original de Nicholas Paphitis e de Matina Stevis-Gridneff para o The New York Times, Daily Mail UK, Voice of Europe, Associated Press, Euronews, Welt e DW via redação Orbis Defense Europe.
O post Grécia: 5 mil voluntários civis patrulham a fronteira para evitar invasão de migrantes apareceu primeiro em DEFESA TV.
Source: DefesaTV